
A arte de poder ir e voltar, sem ir, é ótima.
Permite imaginar, saber como será sem nunca ser na verdade acontecida.
Mas é válida. Desde que o ir, enseje a volta, mais forte, mais real, e não nunca no mundo dos sonhos.
Pois sonhar, é bom. Mas voltar e viver, é ainda mais. Entender o futuro é possível se sonharmos, se formos, voltarmos. Pode-se ainda ir ao passado, mas neste, o primado pode estar viver de reviver o passado. Conduta não muito aconselhada.
Inda mais porque o passado ocorre no exato momento em que ocorre o seguinte. Passado não são anos. Podem ser, mas não são sempre.
Alguns pensam em reviver momentos do passado. Possível? E acima de tudo, plausível?
Sim. Mas os momentos do passado devem ocorrer no futuro ou presente, pois, oportunidades não aproveitadas ou ficam pra trás ou o são por outros.
Desiste-se? Não!
Mas, prender-se ao passado pode ser angustiante pra alguns, ao ver que no futuro, a incerteza quanto aos acontecimentos que quase nunca são acontecidos. Assim, evita-se ir lá.
Mas, ambos, passado e futuro, são absolutamente aceitáveis, assim como o presente pode ser inaceitável.
Pode-se pensar em não viver ou e gerir-se? sim, mas essa é uma fuga que apequena.
Pode-se então ir, e voltar, sem nada levar ou trazer.
É assim que funciona.
Cavalete...
É um exemplo. Muito bem usado pra várias coisas.
Inclusive pela imaginação de muitos. Podia o futuro ser diferente? Sim. Era preciso apenas ficar. Mas, se esse é o passado, e se ele mudasse o futuro, talvez o cavalete não fizesse mais a diferença.
E, no futuro, talvez, pode-se viver sem ele. Mas aí, esqueceria o que te e me fez ser e chegar a pensar esse futuro. Vive-se e depende-se de tudo, das escolhas, e dos outros.
Fazer o que quando o presente é incrivelmente diferente de tudo? Desistir-se-ia de tudo por não ter ou ser o que eu não sou? Seria eu se fosse o que queria ser antes?
Os desejos são perigosos e traiçoeiros, mas, ao mesmo tempo, são muito bons quando são cumpridos.
Imaginar então pode ser a saída, desde que esses sonhos não nos afastem de quem somos ou que nos impele a ir neles. É ambíguo, mas um depende do outro. É fim e meio, misturado, onde não se sabe do fim nem mesmo no início.
Início, quem sabe, que dependeria de uma palavra. Gestos, podem não ser suficientes. Mas, não tenha isso como regra, pois ações podem mais que palavras, para alguns.
Mas, o que dizer quando o início é o fim? Esperar-se-ia?
Jamais, pois a vida impulsiona, mesmo que estejamos sonhando. Talvez o melhor seja sonhar, voltar e ou esperar, ou ainda acordar, viver no presente e ir ao início. Sabendo que este pode ser o fim.
Fim, do início ou de tudo. Nós quem escolhemos, sonhando ou vivendo, ou melhor, ainda mais vivendo, de verdade, em qualquer tempo, apenas sendo, mesmo um pouco de outros em nós e para nós.
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